19 de abril de 2008

O Som dos Cavalera


Quando Max Cavalera saiu do ônibus da banda após uma briga, em 1996, o Sepultura e a família Cavalera nunca mais foram os mesmos. Max começou um novo projeto, o Soulfly em 1997 e Iggor seguiu com os integrantes originais (Andreas Kisser e Paulo Jr) do Sepultura e o novo vocalista, o americano Derrick Green. Ambos mantiveram o sucesso profissional e a total distância pessoal.

Nove anos e oito meses após o episódio do ônibus, Max e Iggor Cavalera se reecontraram como irmãos. A iniciativa partiu de Iggor e foi aceita com entusiasmo pelo irmão. O entusiasmo foi tanto que Max convidou o irmão para um novo projeto musical, o Cavalera Conspiracy.

Muito diferente do metal do Sepultura, o som partiu de materiais não aproveitados pelo Soulfly, e que Max considerava parecido ao som do Nailbomb, projeto dos irmãos que rendeu dois discos em 1994 e 1995. A sonoridade impressiona e anima os fãs. É pesado e tem um frescor difícil de encontrar no cenário musical atual. Max define o objetivo do Cavalera Conspiracy: um som novo pra galera que quer ouvir como os Cavalera tocam juntos.

Max é uma lenda perdida do rock brasileiro. Não mantém muito contato com o Brasil, talvez porque sempre fez muito sucesso no mercado americano. Iggor ainda é um dos melhores bateristas do mundo, mesmo se dizendo "desiludido com o metal". O som do Cavelra Conspiracy corresponde a todas as expectativas ,e como já era de se imaginar, os irmãos Cavalera já estão na estrada, tocando na Europa e nos Estados Unidos. Fica a torcida por uma apresentação no Brasil.




As meninas do Brasil


A Seleção feminina de futebol goleou Gana por 5 a 1 e garantiu hoje uma vaga para as Olimpíadas de Pequim. Mais uma conquista para as meninas que fazem milagre pra sobreviver enquanto a Seleção não tem competições.

Algumas já estão no futebol europeu, como é o caso de Marta. Ela é a atual melhor jogadora do mundo, eleita pela Fifa pelo segundo ano consecutivo.Isso sem falar em Cristiane, Formiga, Rosana, Aline... e tantas outras craques que o Brasil produz.
Parece surreal acreditar que um país que conta com uma Super Seleção feminina como a nossa ainda não tem um campeonato nacional. Tudo bem, em 2007 tivemos a Copa do Brasil, primeira competição feminina nacional organizada pela CBF. Uma competição curta e mal trabalhada.
Ainda é muito pouco. O que nossas meninas precisam é de um calendário de competições durante o ano todo, para que possam se preocupar somente em jogar bola.

A CBF alega que os clubes não têm dinheiro e interesse em montar equipes femininas. Tudo bem, pode até ser. Mas o que não faltam no Brasil são universidades que já têm times femininos, seleções municipais, empresas que com um projeto consistente não pensariam duas vezes em investir no esporte.
Nossas meninas já deram provas suficientes de que são show de bola! Agora a CBF precisa se mover pra não pagar o mico de vê-las ganhando a medalha de ouro olímpica sem um campeonato nacional.