O último domingo representou o fim de uma longa espera para os muitos admiradores do trabalho do Strokes. O quarto álbum do quinteto de Nova York, "Angles", traz novidades não somente na sonoridade, mas em toda a concepção e gravação do disco.
Pela primeira vez a criação das músicas não se concetrou em Julian Casablancas. Em busca de uma produção mais democrática, a banda decidiu isolar seu vocalista, que recebia as gravações e criava as melodias vocais. O resultado pode não agradar a todos os fãs, mas tem nos novos elementos incorporados ao som da banda sua maior virtude.
Após os excelentes "Is this it" (2001, eleito o melhor álbum da década pela revista NME), "Room on fire" (2003) e "First impressions of earth" (2006), "Angles"pode parecer menos impressionate. Porém faixas como "Games" (minha favorita), mostram que a banda pode se aventurar com sucesso por novos caminhos.
A crítica especializada parece ter entendido isso. Depois que o single "Under cover of darkness" caiu na web, há duas semanas, sendo tratado com certa indiferença pelos fãs, "Angles" foi elogiado pela exigente "Rolling Stone"americana.
Vale lembrar que os Strokes estão entre as bandas cogitadas para ser uma das atrações do Rock in Rio. Ficamos na torcida.